Por: Carol Yada
O mundo parou. O mundo mudou. A nova era que começa após a pandemia desse novo coronavírus já está exigindo uma grande transformação de toda a sociedade. Com os eventos e competições de motos, a situação não será diferente.
A aglomeração de pessoas, característica tão presente nas corridas, com público que lota arquibancadas e áreas de box, foi abolida. Pelo menos, por enquanto. Sem os fãs e amantes do motociclismo no local, a princípio nesse momento de retomada, como serão os ambientes das provas no Brasil sem os gritos da torcida, a circulação da galera e os pedidos de selfies e autógrafos?
A pandemia chegou com força bem no início da nossa temporada. Todos estavam ansiosos para começar mais um ano de disputa. Pouquíssimos campeonatos tiveram a oportunidade de realizar ao menos uma etapa. Para quem ainda não teve a sensação de estar em uma largada oficial em 2020, o momento é de mais ansiedade.
Para minimizar essa sensação, promotores dos eventos estão adequando os calendários à medida que informações obre o possível retorno das atividades econômicas são divulgadas. Toda semana praticamente sai uma nova alteração. As etapas internacionais, previstas para acontecer no país neste ano, também foram adiadas. Dessa vez, não dá para criticar, já que ninguém sabe ao certo quando tudo estará normalizado. A grande questão é que não temos certeza do que será o novo normal. Novas regras que estão sendo elaboradas, podem ser mudadas a qualquer momento.
A Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM) divulgou um guia de recomendações a seus colaboradores isando à retomada das atividades motociclísticas. O documento conta com 56 itens, que englobam o monitoramento das condições de saúde, distanciamento social, comunicação, cuidados pessoais, limpeza, higienização de ambientes e equipamentos de proteção individual (EPIs).
Temos um novo protocolo. Temos previsão de datas e locais dos eventos. Temos equipes e pilotos prontos. Temos patrocinadores que mantiveram o apoio ao motociclismo nacional. Só não temos ainda a certeza absoluta de quando poderemos voltar.
Carol Yada é jornalista, assessora de imprensa, produtora de conteúdo e coordenadora de eventos. Trabalha há 17 anos com competições e eventos motociclísticos e automobilísticos.
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