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Produção de motocicletas cresce 29,3% no acumulado do ano e supera índices pré-pandemia

De janeiro a setembro foram fabricadas mais de 896 mil unidades


Polo Industrial de Manaus – PIM produziu 896.558 unidades de janeiro a setembro
Polo Industrial de Manaus – PIM produziu 896.558 unidades de janeiro a setembro

A indústria de motocicletas instalada no Polo Industrial de Manaus – PIM produziu 896.558 unidades de janeiro a setembro. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, o volume é 29,3% superior às 693.541 motocicletas fabricadas no mesmo período do ano passado e ultrapassa em 7,2% o total produzido em 2019 (836.450 unidades), período pré-pandêmico.

O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que os números comprovam a recuperação do setor que prevê fechar o ano com 1.220.000 unidades fabricadas. “As associadas estão acelerando o seu ritmo de produção para atender a demanda. Além disso, mantêm a programação de lançamentos para ampliar a oferta de produtos e atender às exigências do consumidor”, afirma.

Fermanian destaca que o mercado de motocicletas deve seguir em alta, apesar da crise econômica. “A alta nos preços do combustível tem levado muitas pessoas a adquirir uma motocicleta por ser uma opção mais barata e econômica”, avalia. “Além disso, é uma alternativa de deslocamento seguro para evitar a aglomeração do transporte público e fonte de renda para aqueles que passaram atuar nos serviços de entrega, um setor que já vinha crescendo e ganhou impulso ainda maior durante a pandemia”, completa.

Em setembro, saíram das linhas de montagem 108.948 motocicletas, retração de 11,9% em relação ao volume registrado em agosto (123.722 motocicletas). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram fabricadas 105.046 unidades, houve alta de 3,7%.

Fermanian explica que oscilações pontuais na produção são esperadas e destaca o compromisso das fabricantes em manter o ritmo acelerado de produção. “No momento todas as associadas operam normalmente. A produção de motocicletas é verticalizada e a maioria das peças foi nacionalizada, o que reduz nossa dependência de fornecedores externos”, diz. “Dessa forma, o setor não é tão impactado pela falta de insumos como acontece com outros setores da indústria”, enfatiza.


VENDAS NO VAREJO

O mercado de motocicletas segue aquecido. No acumulado do ano, foram licenciadas 840.971 motocicletas, alta de 33,3% em relação ao mesmo período de 2020 (630.859 unidades).

Em termos percentuais, o principal destaque foi a Scooter, com 80.815 unidades emplacadas, o que corresponde a uma alta de 54,3% na comparação com o mesmo período de 2020 (52.380 unidades). “Devido à facilidade para pilotar, a Scooter caiu no gosto das pessoas e se tornou uma solução para deslocamentos nas grandes cidades”, afirma Fermanian.

Já em números absolutos, a Street foi a categoria que registrou o maior volume de licenciamentos, com 408.963 unidades e 48,6% de participação do mercado.

Em setembro, foram licenciadas 108.816 motocicletas, volume 6,2% superior ao registrado em agosto (102.463 motocicletas). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 99.609 unidades, o aumento foi de 9,2%.

No resultado mensal, a Street foi a categoria mais emplacada, com 53.018 unidades e 48,7% do mercado. Na sequência ficaram a Trail (23.241 unidades e 21,4% do mercado) e a Motoneta (14.966 unidades e 13,8%).

Veja como ficou o ranking de emplacamentos por categoria em setembro:

Ainda de acordo com levantamento da Abraciclo, as motocicletas de baixa cilindrada (até 160 cilindradas) representaram 80,3% das vendas no varejo com 87.383 unidades. Os modelos de 161 a 449 cilindradas responderam por 16,1% do mercado, com 17.482 unidades. As motocicletas acima de 450 cilindradas tiveram 3.951 unidades licenciadas, o que corresponde a 3,6% do mercado.

Com 20 dias úteis, setembro registrou média diária de vendas de 5.441 unidades. Segundo levantamento da Abraciclo, esse foi o melhor resultado para o mês desde 2014 (5.445 unidades/dia) e a melhor média dos últimos 78 meses consecutivos. Só fica abaixo do desempenho registrado em março de 2015 (5.659 unidades/dia).

Na comparação com agosto, que contou com 22 dias úteis, houve alta de 16,8% (4.657 unidades). Em relação a setembro de 2020, com 21 dias úteis, o crescimento foi de 14,7% (4.743 unidades/dia).


EXPORTAÇÕES

De janeiro a setembro, foram exportadas 42.765 motocicletas, alta de 79,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (23.779 unidades). De acordo com levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, os três principais mercados foram a Argentina (12.183 unidades e 28,4% do volume total exportado), a Colômbia (9.785 motocicletas e 22,8%) e os Estados Unidos (9.387 unidades e 21,9%).

“O aumento de negócios com o mercado externo é um reflexo direto da recuperação econômica dos países da América do Sul, após um período de crise e da fase mais aguda da crise sanitária provocada pelo coronavírus”, avalia o presidente da Abraciclo. “Vale ressaltar também a boa aceitação das motocicletas fabricadas no Brasil pelo mercado americano, o que comprova o alto valor agregado do produto nacional”, completa.

Em setembro, as exportações caíram 13,1% e somaram 4.872 unidades. No mês anterior, foram exportadas 5.607 motocicletas. Já na comparação com setembro do ano passado, o crescimento foi de 34,5% (3.622 unidades).

De acordo com levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, o principal destino das motocicletas no mês passado foi a Colômbia que recebeu 1.234 motocicletas (27% do volume total exportado). Em segundo lugar, ficaram os Estados Unidos (893 unidades e 19,5% do total exportado), seguido pela Argentina (862 unidades e 18,8%).

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