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Sem público

Em cada campeonato, protocolos diferentes


Por: Carol Yada



As competições de moto voltaram no Brasil. Desde o final de agosto, as rotinas dos pilotos e equipes foram retomadas diante de um calendário intenso dos principais campeonatos nacionais. Ao mesmo tempo que muito se discutiu sobre os protocolos de como seria esse retorno, devido à pandemia do novo coronavírus, o que se viu foram exigências diferentes em cada situação.

O Brasileiro de Rally Cross Country foi o primeiro a voltar, com o Rally do Jalapão. Com o parque de apoio isolado, em uma fazenda no Oeste da Bahia, apenas a caravana da prova tinha acesso ao evento. Na mesma semana, o SuperBike Brasil, de motovelocidade, também iniciou a temporada 2020. A competição estava prestes a começar em março, quando foi decretada a paralisação das atividades.

Como a maioria das etapas acontece em São Paulo, no Autódromo de Interlagos, o controle de acesso tem sido bem rígido. Por enquanto, nada de público –nos últimos anos reunia de 15 e 20 mil pessoas por fim de semana. O número de integrantes por equipe precisou ser reduzido e para entrar no autódromo é necessário apresentar o exame da Covid-19 tipo RT-PCR negativo ou o laudo que já teve a doença e cumpriu o período da quarentena, como recomendam as autoridades de saúde. Não bastasse isso, cada pessoa precisa prencher um questionário médico e um termo de compromisso a cada etapa, concordando com as medidas de segurança e higiene impostas pelo evento.



O retorno do Campeonato Brasileiro de Enduro FIM também foi bem diferente da primeira etapa, realizada em março, em Itapema (SC). A prova no Kartódromo Beto Carrero, em Penha (SC), contou com uma tenda de acesso controlada por equipe médica, que fazia na hora os testes rápidos e checava os exames apresentados. Mas isso era apenas lá, já que no meio de algumas especiais (trechos cronometrados em três diferentes localidades), o público podia assistir à prova, independente de ter feito o exame.

A última modalidade a estrear foi o motocross. O Campeonato Brasileiro abriu a temporada 2020, também em Penha (SC), na mesma pista do Mundial de Motocross, realizado de 2012 a 2014 no Brasil. Sem arquibancadas e sem público, no fim de semana da competição, as autoridades locais haviam flexibilizado os protocolos, exigindo apenas o uso de máscaras para os todos que estavam no evento.

Afinal, a partir de quando teremos as competições de volta no modo normal, com a presença dos fãs? Ainda não sabemos. É possível que nos próximos meses haja uma autorização para o acesso reduzido do público. Por enquanto, cabe à galera acompanhar as corridas através das coberturas online, TV e pelas mídias sociais.


Carol Yada é jornalista, assessora de imprensa, produtora de conteúdo e coordenadora de eventos. Trabalha há 17 anos com competições e eventos motociclísticos e automobilísticos

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