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Um sonho em parcelas

O momento parece atraente para escolher a modalidade de consórcio para a aquisição de uma motocicleta!


Por: Guilherme Silveira


Consórcio é a modalidade de compra de motocicleta que se torna cada vez mais descomplicada e atrativa: hoje quase um terço das motos novas são vendidas neste tipo de “aquisição programada”; muitas vezes todo o processo é resolvido em um único app.

Responsável por praticamente um terço de todas as motocicletas zero vendidas atualmente, o consórcio deixou de ser “mistério” há tempos. E, conforme MotoPremium apurou, essa modalidade de aquisição ficou mais descomplicada e quase não traz riscos ao participante que eventualmente desiste do bem, no caso, a tão sonhada “motoca zero km”.

Baseado em um grupo de compra, o consórcio utiliza uma cota mensal dos associados para sorteios de contemplaçãoda motocicleta. Grande vantagem em relação ao financiamento está no fato de não haver uma entrada mínima à vista, e, principalmente, os juros serem muito menores.

Enquanto em um financiamento tradicional o cliente arca com uma taxa de juros mensal em torno de 1%, no consórcio normalmente é cobrada uma taxa de administração mensal na casa de 0,2%, com planos entre 12 e 80 meses.

Ou seja, no final do período, a moto sai mais em conta, e não é preciso passar por toda a burocracia de ter o cadastro de crédito aprovado pelo banco, algo rotineiro num financiamento –especialmente no caso de motocicletas, ainda vistas como um tipo de veículo de maior risco quando comparado a um automóvel.

Todavia, é necessário lembrar que o valor da parcela do consórcio não deve ultrapassar 30% da renda mensal do participante. A maior novidade novidade dessa modalidade, diante dos antigos planos, surgiu com uma nova lei (11795) de 2009. Após esta data, qualquer consorciado que desistir de receber o bem no meio do “caminho”, irá receber o valor já investido se for contemplado durante os sorteios; e não mais somente ao fim do encerramento total do grupo escolhido.


CENÁRIO ANIMADOR

Além de projeções de crescimento futuro, o consórcio está em fase de transição no perfil de compra. Tradicionalmente voltado a motos pequenas e médias, o grupo de compra passa a mirar também o aumento de clientes ávidos por uma moto mais esportiva ou luxuosa.

Segundo Márcio Saiki, gerente de serviços financeiros da Honda, “por conta de uma procura ainda relativamente baixa nas motos de alta cilindrada, e desta clientela ter um maior poder de compra, os grupos são menores e as contemplações ou lances permitem receber a moto em prazos mais curtos de tempo.”

O executivo vê com bons olhos o futuro dos consórcios para motocicletas premium. “O cliente atual que quer pegar uma nova ou trocar de moto enxerga a modalidade como uma compra programada e segura. Ou seja, ele fecha um plano para a máquina desejada, e enquanto isso vende sua moto, ou curte ela mais um pouco… Quando tiver mais dinheiro na mão, dá o lance e tem uma grande chance de ser contemplado. Daí em diante, as parcelas seguintes terão o valor desse lance descontado –e ficarão mais em conta. Além disso, ele pode inclusive mudar o produto escolhido, seja para um valor maior, ou menor. É possível, por exemplo, desistir de uma CB 500X e pular para uma CB 1000R, ou vice-versa. A leitura do consumidor passa a ser de que a cada dia mais, o consórcio ficou moldado a ser uma opção de compra flexível para sua realidade”, completa.

Além disso, o executivo ainda relata a agilidade na entrega da tão sonhada moto após a contemplação: “dependendo do caso, o cliente pode ter sua motocicleta na garagem em dois ou três dias após ter sido sorteado”.

Por conta das consequências da pandemia da Covid-19, Saiki relata que aumentou muito a demanda por entregas de todo tipo de produtos, feitas com motos. Tal cenário da sociedade atual acabou levando muitos clientes de modelos pequenos a utilizar o consórcio para trocar a sua moto de trabalho com certa calma, junto de custo reduzido.

Ainda em vista do cenário atual, “pandêmico”, se ampliou a necessidade de se resolver a vida de maneira virtual. Hoje, aderir e controlar o seu plano de consórcio se resume a baixar um app. Exemplo interessante é o aplicativo Honda Serviços Financeiros, que permite acesso a mais de vinte serviços via smartphone.

Cláudia Canazza, gerente de marketing, explica que no app se pode desde consultar o resultado de um sorteio ou lance, como até pagar a parcela mensal ou mesmo tirar dúvidas online. “Hoje temos mais de 300 mil downloads do Honda Serviços Financeiros somente para motos, uma marca que mostra a facilidade de navegação e interação do cliente com o consórcio”, completa.

Bancos como o Bradesco, por exemplo, passaram a incluir as motocicletas na carta de produtos consorciados. Segundo a assessoria de imprensa da instituição financeira, embora a adesão ainda seja menor em relação a automóveis e caminhões, o consórcio de motocicletas tem sido bastante procurado, tanto por clientes como por não correntistas.

Em outras palavras, o consórcio virou uma opção bem racional e prática de compra programada e que acaba por pesar menos no bolso. Especialmente para quem já tem uma moto e não tem tanta pressa em trocá-la.

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