Oitavo de litro - Honda Elite e Yamaha Neo disputam a preferĂȘncia dos consumidores entre os scooters de entrada. O Elite lidera, mas o Neo tambĂ©m tem boas armas para a contenda.
Por: Eduardo Viotti
O Brasil impĂ”e certas peculiaridades. Por suas dimensĂ”es continentais e por conta das pĂ©ssimas administraçÔes pĂșblicas (em todas as esferas), que condenam os motociclistas a trafegar em vias mal conservadas num trĂąnsito desrespeitoso e agressivo, a predileção nacional Ă© pelos scooters de 150/160 cc.
Mas a linha de entrada no mundo das motonetas Ă© a de 125 cc, dominada pela Honda Elite, seguido pela Yamaha Neo. O Elite Ă© o 2Âș scooter mais vendido no paĂs, atrĂĄs do irmĂŁo Honda PCX 150 e Ă frente do Yamaha NMax 160 (em 3Âș). Seguem-se o Yamaha Neo (em 4Âș) e o Honda SH 150 (em 5Âș). Os dados sĂŁo da Fenabrave, de 2020.
Nesse segmento, o que mais cresce no paĂs, sĂŁo figurantes o chinĂȘs Haojue Lindy 125 e a Vespa, famosa marca italiana que traz da Ăndia os exclusivos Club 125 (R$ 17 mil), Club ZX 125 (R$ 18 mil) e Notte 125 (R$ 17 mil). TambĂ©m hĂĄ um ou outro chinĂȘs, algum atĂ© de 50 cc⊠Fuja.
Os preços, todos sem incluir o frete (varia de acordo com a regiĂŁo), sĂŁo: R$ 9,3 mil para o Elite e R$ 10 mil para o Neo. O chinĂȘs Lindy, sucessor do saudoso Suzuki Burgman 125, modelo que inaugurou o segmento no Brasil, Ă© o mais caro hoje: sai por R$ 10,2 mil. Aqui, nesta avaliação, comparamos apenas os dois lĂderes, ambos de marcas japonesas.
Vale destacar que ambos sĂŁo uma excelente opção de compra, pois sĂŁo bem mais baratos que os de 150/160 cc e oferecem praticamente o mesmo, especialmente se o uso for eminentemente urbano. Na estrada hĂĄ diferença, sim, de desempenho. Mas na cidade⊠Confira bem o uso que vocĂȘ darĂĄ ao seu scooter e os preços antes de se decidir. A diferença de preço pode superar os 5 mil ou 6 mil reaisâŠ
HONDA ELITE 125
O scooter Honda Elite 125 é impressionantemente econÎmico: percorreu, em nossa semana de avaliação, a média de 41 km/litro, com picos que podem superar os 50 km/l em uma condução bem maneirinha⊠Caramba: esses scooters parecem a solução ideal para uso urbano, pois saem mais em conta do que andar de Înibus! Além da agilidade e do tempo ganho!
O visual do Elite Ă© extremamente simpĂĄtico. Com âfeiçÔesâ modernas, farĂłis de LED e um jeitĂŁo de gordinho bonachĂŁo, agrada bastante. Ă mais encorpado e tem maior espaço sob o banco que o Yamaha Neo. O prĂłprio banco, em si, Ă© mais largo e espaçoso que o do rival, com excelentes alças para garupa e para amarrar eventuais bagagens.
O gancho duplo no escudo para pendurar sacolas tambĂ©m Ă© muito prĂĄtico, bem como os dois porta-luvas (ambos sem tampa), capazes de acomodar um bom punhado de bugigangas. Dinheiro para pedĂĄgio, por exemplo, agora que as nossas administraçÔes inventaram essa bobagemâŠ
O espaço para os pés é maior no Elite que no Neo, e o scooter da Honda permite variar a posição dos pés, posicionando-os mais à frente, entre o assoalho e a base do escudo frontal. Os joelhos de pilotos mais altos se acomodam melhor no Honda, apesar de seu entre-eixos ser cerca de 4 cm menor que o do Yamaha. A verdade é que, em ambos, motociclistas com mais de 1,8 metro ficam meio apertados.
PAINEL DIGITAL
Ambos os scooters de entrada das japonesas tĂȘm acabamento impecĂĄvel, com bons componentes plĂĄsticos e botoeiras bem cuidadas, sem rebarbas, com encaixes precisos. A impressĂŁo geral Ă© de produtos de alta qualidade.
O Elite leva folgada vantagem no quesito painel: Ă© um cĂrculo totalmente digital (LCD) de fundo escuro azulado e nĂșmeros mais claros, com odĂŽmetro total (sem parciais), velocĂmetro de dĂgitos grandes e relĂłgio, alĂ©m do marcador de combustĂvel. Luzes-espia nas âasasâ laterais avisam de farol alto, piscas ligados e problemas na injeção.
Os comandos de abertura do banco traseiro (sob ele estĂŁo o bocal de abastecimento e o compartimento capaz de abrigar um capacete aberto) sĂŁo todos atravĂ©s da chave de ignição, dotada de tampa magnĂ©tica que previne o uso de chaves âmichasâ, falsas, para o furto da motinho.
PILOTAGEM E DESEMPENHO
A ergonomia é bem boa no Elite, exceto pelas pedaleiras de passageiro, incorporadas ao assoalho da carenagem lateral. Apesar de um relevo desenhado para isso, não apoiam bem o pé do passageiro e nos inevitåveis solavancos mais agudos, chegam a causar alguma insegurança. Em compensação, as alças na traseira são ótimas para agarrar-se.
Bem, o conforto geral Ă© bastante adequado Ă proposta. Como todo ciclomotor, em especial os pequenos, trafegar sobre piso irregular Ă© desconfortĂĄvel, por causa do exĂguo curso das suspensĂ”es, de 8 cm na frente e 7 cm atrĂĄs. Os aros de 10 polegadas atrĂĄs e 12â na frente, apesar de encantadores visualmente, sentem mais os buracos. O pneu traseiro fat â130/90â de perfil alto, aumenta o diĂąmetro final.
O motor Ă© silencioso, macio e sĂł perde velocidade em subidas, o que Ă© esperado na cilindrada. A velocidade mĂĄxima passa a impressĂŁo de que poderia ser maior, pois a central eletrĂŽnica começa a cortar o funcionamento do motor a partir dos 97 km/h (de velocĂmetro, o que deve corresponder a algo como 90/92 km/h reais).
No conjunto, o scooter Honda Elite 125 passa a impressĂŁo de que, para uso exclusivamente na cidade, oferece uma relação custo x benefĂcio muito atraente, com charme, estilo, acabamento impecĂĄvel e muita economia.
YAMAHA NEO 125
O scooter Yamaha Neo 125 parece, em uma convivĂȘncia com a rival, mais leve e ligeiro que o Honda Elite. A diferença de potĂȘncia Ă© mĂnima, apenas 0,5 cv: tem 9,8 cv a 8.000 rpm contra 9,3 cv a 7.500 rpm. NĂŁo deve ser por aĂ⊠O torque tambĂ©m Ă© praticamente igual em ambos, de 1 âquiloâ, embora atinja o seu valor mĂĄximo mais cedo no Neo, a 5.500 rpm, contra 6.000 giros no Elite. Mais significativo que essas diferenças tĂŁo irrisĂłrias (que dĂŁo vantagem ao Neo) surge o peso lĂquido. O scooter da Yamaha pesa 97 kg, contra 104 do mais robusto Elite, ambos a seco. O fato Ă© que tudo isso somado dĂĄ melhor desempenho dinĂąmico ao Yamaha. Nas saĂdas de farol, ele sai junto com os scooters de 150 cc.
TambĂ©m Ă© preciso levar em conta a opção do fabricante, que programou a central eletrĂŽnica do Neo para cortar o motor aos 108 km/h (indicados no velocĂmetro, devem corresponder a cerca de 100 km/h reais). O Elite começa a âengasgarâ ao indicar 97 km/h.
As rodas de aro 14 polegadas com pneus sem cĂąmara Metzeler fininhos (80/80 na frente e 90/80 atrĂĄs) oferecem menos arrasto que o 130/90 traseiro da Elite.
Os aros de maior diĂąmetro sĂŁo mais eficientes ao trafegar por trechos esburacados, pois superam com mais facilidades buracos e deformaçÔes no piso. Sua aplicação ajuda o conjunto de suspensĂ”es. O garfo dianteiro tem curso de 9 cm e o amortecedor Ășnico na traseira (fixo na balança/ motor monobraço) permite Ă roda oscilar 8 cm. O sistema tem 1 cm a mais de curso, frente e traseira) que o do rival. Ambos batem em fim de curso na buraqueira mais intensa e, em uma pilotagem mais prolongada, promovem cansaço na regiĂŁo lombar. Scooters em geral sĂŁo assim, um pouco pela posição sentada (e nĂŁo montada como em uma moto), que nĂŁo permite o uso das pernas para âamortecerâ impactos, e um pouco pelo inevitĂĄvel curso curto da suspensĂŁo.
O consumo médio é igualmente impressionante, tanto quanto o da Honda. O Neo percorreu, em média, 40 quilÎmetros com um litro de gasolina, mas, assim como o concorrente, pode superar bastante essa marca se pilotado com suavidade por um motociclista leve.
O Neo tem no painel uma luzinha verde que indica a pilotagem mais econĂŽmica. Francamente, nĂŁo Ă© uma orientação muito Ăștil, pois no agressivo trĂąnsito urbano Ă© preciso acelerar a fundo frequentemente. Na estrada, mais ainda⊠Ela apaga ao atingir 70 km/h.
AUTONOMIA E ERGONOMIA
Com tanque de apenas 4,2 litros, o Neo tem menor autonomia que o Elite, que tem reservatĂłrio para 6,4 litros de combustĂvel. Teoricamente, ele seria capaz de rodar cerca de 168 km com um tanque de gasolina, contra 256 km possĂveis para o Elite, considerando para ambos a mĂ©dia de 40 quilĂŽmetros por litro.
O Neo tambĂ©m tem o cockpit um pouco mais apertado que o rival. Pilotos com mais de 1,8 metro tĂȘm que sentar-se mais para trĂĄs, sob risco de bater os joelhos nas abas laterais do escudo frontal. O banco Ă© confortĂĄvel e o garupa vai melhor nele que no Elite, por causa das pedaleiras retrĂĄteis mais ergonĂŽmicas. As alças de apoio e amarração sĂŁo Ăłtimas.
O painel Ă© analĂłgico, com instrumentos de ponteiro: velocĂmetro e indicador de nĂvel de combustĂvel, alĂ©m de luzes-espia. Os farĂłis sĂŁo de LED, lanternas e piscas nĂŁo.
Ambos tĂȘm cavalete central, muito bom em scooters, para estacionar em aclives ou declives, pois o sistema de transmissĂŁo automĂĄtica CVT nĂŁo permite o travamento da roda motriz como nos cĂąmbios mecĂąnicos.
Bem, cada um com suas caracterĂsticas, vantagens e desvantagens, ambos sĂŁo opçÔes ideais para uso urbano.
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Honda elite,faz no måximo 32 com um litro,carenagem solta fåcil,peças de reposição super cara,detalhe ñ acha peça de reposição, só por encomenda, tenho uma,arrependimento total!
Comprei a neo 125 muito boa amei desane muito bonito gosto do modelo sĂł deixa a desejar no amortecedor que Ă© horrĂvel se encosta na lombada ou num buraco pequeno Meo numa velocidade baixa bate seco amortecedor nota 0