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A Royal Enfield Himalayan 450 é trail raiz de ótimo preço!

  • Foto do escritor: Moto Premium
    Moto Premium
  • 20 de mar.
  • 6 min de leitura
  • Modelo é trail de verdade e surpreende em desempenho, componentes, motor e suspensões!

  • Rodamos 320 km com a nova Himalayan, dos quais 200 em terra, pedra e cascalho!

  • O preço, a partir de 30 mil reais (já com frete incluído), é super-atraente!


Postura de pilotagem de pé bem acertada, com a “cintura” bem fina e guidão na largura e altura adequadas
Postura de pilotagem de pé bem acertada, com a “cintura” bem fina e guidão na largura e altura adequadas


O veterano jornalista Eduardo Viotti com a moto de rodas de raios laterais que aceitam pneus sem câmara
O veterano jornalista Eduardo Viotti com a moto de rodas de raios laterais que aceitam pneus sem câmara

Na longa estrada, banco confortável mesmo na versão original e iluminação inteiramente em LEDs
Na longa estrada, banco confortável mesmo na versão original e iluminação inteiramente em LEDs

A Royal Enfield Himalayan 450 é uma deliciosa surpresa… Nós rodamos mais de 300 quilômetros com ela, grande parte em estradas de terra, pedra e cascalho, com trechos bastante difíceis e desafiadores. Partimos do maravilhoso hotel de montanha Parador nas cercanias de Cambará do Sul, na Serra Gaúcha, e fomos em direção norte até o Cânion Boa Vista. Um lindo roteiro, cheio de paisagens rurais bucólicas e serranas.


Nas curvas de bom asfalto, a moto mostrou desempenho acima da média, com uma entrega de torque generosa e elástica, partindo de baixas a altas sem vacilar. O conjunto ciclístico também impressionou, com estabilidade mais que adequada à proposta do modelo. Traçamos curvas de qualquer raio com desenvoltura, sem balanços e oscilações indesejadas. Os pneus Ceat indianos, de desenho misto, mostraram um ótimo grip tanto no asfalto quanto na terra.

Para-lamas baixos ao estilo “raspador” na frente e atrás podem complicar em trechos de lama argilosa
Para-lamas baixos ao estilo “raspador” na frente e atrás podem complicar em trechos de lama argilosa

Mas foi na terra que a Himalayan realmente surpreendeu. Apesar de pesada (198 kg em ordem de marcha, com 90% de gasolina no tanque de 17 litros) para trilhas, foi excepcionalmente bem nas estradinhas de terra e cascalho, com pedras grandes e baixíssima aderência.


Deixando o “acampamento”, no Cânion da Boa Vista: veja o cascalho solto da estrada principal, ali atrás…
Deixando o “acampamento”, no Cânion da Boa Vista: veja o cascalho solto da estrada principal, ali atrás…

Ali, as suspensões da japonesa Showa (garfo invertido de 43 mm de diâmetro do pistão) com 200 mm de curso na frente e atrás (no conjunto mola/amortecedor traseiro, acionado por bielas –links– que fazem o efeito alavanca, há regulagem de pré-carga da mola) mostraram a que vieram. Absorvendo impactos e mantendo a roda conectada ao piso com eficiência, garantiram o retorno em boas condições de saúde deste veterano escriba.


Perfil mais curvilíneo e banco individual com regulagem de altura em 2,5 cm: motor integra o chassi
Perfil mais curvilíneo e banco individual com regulagem de altura em 2,5 cm: motor integra o chassi

O aro de 21 polegadas na frente é decisivo para a superação de obstáculos mais elevados ou profundos. Atrás, a roda é de 16 polegadas. Os pneus podem ser com ou sem câmara, pois há opção de adquirir a moto (por cerca de 2 mil reais a mais) com ou sem as rodas raiadas de aros de alumínio que permitem o uso de pneus sem câmara.


Você pode não acreditar, mas nas condições em que foram submetidas as motos e os pilotos, o uso de pneus com câmara é mais seguro, pois qualquer mínima deformação nos aros esvazia o pneu sem câmara… O que não acontece com o sistema mais antigo de câmara interna.

Assentos individuais bem ergonômicos e bagageiro de série, apto a receber top case
Assentos individuais bem ergonômicos e bagageiro de série, apto a receber top case

O chassi é tubular de viga dupla superior com o motor integrado como elemento estrutural, auto-portante. Na versão 411 anterior da Himalayan era um berço duplo, tradicionalmente associado e recomendado para uso intensivo fora de estrada. O que podemos certificar é que o desempenho do quadro durante o duríssimo teste foi exemplar.

No tanque vulcão, o filtro de ar ocupa o centro elevado e os 17 litros de gasolina ficam nas laterais
No tanque vulcão, o filtro de ar ocupa o centro elevado e os 17 litros de gasolina ficam nas laterais

Na prática do fora de estrada, o escapamento parece meio baixo para a travessia de pontos de alagamento, rios e riachos. Também seu posicionamento sob o motor o deixa mais susceptível a contatos indesejados com pedras e troncos. Ao contrário, a localização elevada do filtro de ar, logo abaixo do bocal de abastecimento, no centro do tanque, é perfeita para atravessar águas – bela sacada.


Na travessia do famoso Passo do S, em Cambará do Sul, fundo do rio em lajes lisas e com limo: liso demais
Na travessia do famoso Passo do S, em Cambará do Sul, fundo do rio em lajes lisas e com limo: liso demais

A ergonomia e postura evoluíram enormemente. A moto é bem estreita na linha de cintura, permitindo pilotagem em pé (ideal no fora de estrada) com conforto e naturalidade. As pedaleiras têm o miolo de borracha removível (dois parafusos simples), tornando-se pedaleiras dentadas metálicas como as de motocicletas de motocross, ideais para a fixação das pesadas botas destinadas ao off road.


Design

O lançamento tem desenho totalmente novo, com porte avantajado, mas com regulagem de altura do banco. A Himalayan ficou muito mais bonita em sua nova edição, perdendo algo da rigidez militar e ganhando mais elegância e jovialidade.


Impressionante a evolução do acabamento da marca anglo-indiana, com detalhes de plásticos, soldas, pintura e botoeiras muito mais bem cuidados que na versão anterior 411.


Motor Sherpa e mecânica 

O motor de 452 cilindradas é um dos pontos altos da Himalayan 450, chamado pela montadora de Sherpa (o nome dado aos guias locais de alpinismo que acompanham e lideram as expedições na cordilheira do Himalaya, como ao pico do Everest).


O Sherpa é primeiro motor da Royal Enfield com refrigeração líquida. Tem comando duplo variável para as quatro válvulas. O motor gera 40 cv de potência a 8 mil giros e 4,07 kgf.m de torque, 90% disso disponíveis logo a partir das 3 mil rpm, o que proporciona uma dirigibilidade fluida e muito segura, encobrindo mesmo alguns erros de pilotagem na troca de marchas.


Mesmo nas duras condições do teste, com acelerações reiteradas a fundo, o consumo de gasolina (não é flex) manteve-se em nível razoável para a cilindrada, marcando entre 25 km/l e 32 km/l.


O câmbio de seis marchas tem bom escalonamento, com a primeira curta e a sexta bem alongada, quase um overdrive. A velocidade máxima que atingimos foi de cerca de 150 km/h mas parece haver ainda alguma sobra de giro para ir além.


Motor com 2 eixos-comando para 4 válvulas e refrigeração líquida: 40 cv a 8.000 rpm e 4,07 kgf.m de torque
Motor com 2 eixos-comando para 4 válvulas e refrigeração líquida: 40 cv a 8.000 rpm e 4,07 kgf.m de torque

O motor é acionado por acelerador eletrônico, o Ride-By-Wire, sistema que possibilita oferecer a variação de modos de pilotagem, que são quatro, do econômico ao modo performance, com e sem o ABS traseiro desligado – é comutável para uso off road.


Os freios são ByBre, marca indiana que pertence à grife italiana Brembo, têm ABS de dois canais e a possibilidade de desligar o anti-bloqueio da roda traseira. Travar a roda pode ser mais eficiente que deixar o ABS atuar na frenagem específica para o off road.



Painel TFT

O Ride-By-Wire pode ser monitorado pelo painel TFT da Himalayan 450, de alta definição, 100% digital, o Tripper Dash e seu display colorido de quatro polegadas, com todas as informações da moto disponíveis, com conectividade bastante ampliada em relação ao que o Tripper oferecia.


O Tripper Dash também permite configurar o painel em si, se o piloto prefere o formato digital ou analógico, além de projetar a rota gerada pelo Google Maps, o que é sensacional.


Painel TFT colorido espelha o mapa, o que facilita enormemente a navegação: nível de informação é completo
Painel TFT colorido espelha o mapa, o que facilita enormemente a navegação: nível de informação é completo

“Na tela ficam disponíveis as indicações e o mapa, dividindo a tela com as informações de velocidade da moto, todas as informações da pilotagem e da rota no mapa de navegação, na proporção de 70% do mapa e 30% de informações gerais”, explica Renato Ferri, gerente comercial da empresa.


Também é possível parear aplicativos de música e ouvir uma trilha sonora especial durante a viagem e com controle nos manetes.


O banco do piloto pode ser ajustado em quatro posições, permitindo aos de menor estatura um acesso confortável e seguro dos pés ao solo.


Versões e preços 

São  quatro cores em três versões diferentes da Himalaya 450. A primeira, a versão de entrada é a Slate Himalayan Salt (laranja) e a Slate Poppy Blue, que chega ao mercado por R$29.990,00.  Na versão intermediária, a Hale Black, com os pneus com câmara, é R$30.990,00. E a versão topo de linha, tem os pneus sem câmara e duas cores: Haley Black e a Kemet White. Essa versão é R$31.990,00.


Pacote especial de acessórios e reserva

A Royal Enfield criou um pacote de acessórios especial para o lançamento e com um preço realmente competitivo. O número de kits Adventure Touring é limitado a 150 unidades e é composto por: protetor de motor grande preto; protetor de radiador prateado; para-brisa adventure; assento para condutor adventure preto; assento para passageiro adventure preto; baú superior adventure prateado; suporte para baú superior adventure prateado; capa de moto impermeável azul marinho; alforges adventure prateados e suporte para alforge adventure preto. O kit Adventure Touring completo com os acessórios por R$10.000,00.


Os lotes de montagem em Manaus terão em torno de 750 unidades e as reservas podem ser feitas pelo site reserva.royalenfield.com.br.


 
 
 

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