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CB 500F

Atualizado: 19 de out. de 2020

A medida exata - A CB 500F ganha design mais agressivo, mais autonomia e novos painel e conjunto de suspensão traseira: melhor e mais bonita na versão 2020!

Por: Eduardo Viotti


A Honda CB 500F é daquelas motos que dá vontade de ter uma: ela resolve todas as paradas de um uso normal. Perfeita para a rotina do dia a dia, combina com o tráfego pesado das grandes cidades, é econômica e muito robusta. Também é sensacional na estrada, mantendo velocidades de cruzeiro superiores às médias dos veículos, com folga de motor para acelerações e retomadas, em ultrapassagens. O tanque de combustível de 17,1 litros garante uma autonomia de mais de 400 km, se pilotada com sabedoria. O computador de bordo aponta uma média de 25,7 km com um litro.

A Honda CB 500F é leve e manobra bem entre os carros, quase como uma 125, por exemplo. Já na estrada, tem muito mais firmeza e segurança –e até esportividade. Nesta versão para 2020, ganhou mudanças estéticas e de grafismo, novo painel, guidão, iluminação inteiramente em LEDs e o ESS, um recurso de emergência que acende o pisca-alerta em caso de desaceleração brusca, causada por uma frenagem de pânico. Esse recurso é muito útil e pouco usual em motocicletas, embora comum em automóveis.

A CB 500F mantém basicamente a mesma consagrada estrutura ciclística e mecânica que adota desde seu lançamento, em 2013. O nome CB 500 já havia sido utilizado em outra bicilíndrica, montada no Brasil entre 1997 e 2004.


MOTOR QUADRADO

O motor DOHC bicilíndrico em linha da família CB 500 tem exatos 471 cc, calculados a partir de um curso dos pistões de 67 mm e um diâmetro de 66,8 mm. Diâmetro e curso, iguais na prática, são característica dos motores designados “quadrados”, aquele que têm o melhor compromisso possível entre a entrega de torque nas rotações iniciais e potência nas altas rpm. A título de ilustração veja que os motores que têm curso maior que o diâmetro são chamados “sub-quadrados” e privilegiam a força em baixas e médias rpm. Os motores ditos “superquadrados” têm o diâmetro dos pistões maior que o percurso que realizam. Assim, preferem entregar potência em altos regimes.

A Honda CB 500F tem 50,4 cv de potência máxima a 8.500 rpm e pico de torque de 4,53 kgf.m a 6.500 rotações. Esses são os mesmos números da versão 2019, mas as modificações permitiram ao modelo atingir os parâmetros de emissões da nova fase do Proconve, o programa antipoluição brasileiro. O motor recebeu novos comandos para o acionamento das quatro válvulas por cilindro, e teve os dutos de admissão e escape reprojetados. Segundo Alfredo Guedes, engenheiro da Honda, essas modificações trouxeram torque e potência maiores entre os 3 mil e 7 mil giros, valendo-se da antecipação do fechamento das válvulas em 5 graus e aumentando a abertura delas em 0,3 mm. Os dutos de admissão ganharam o novo formato, mais retilíneo entre o filtro de ar e as borboletas de admissão, graças ao reposicionamento da bateria.

O câmbio é de seis marchas com transmissão final por corrente. O sistema de embreagem ganhou assistência mecânica que reduz o esforço para seu acionamento –e sistema deslizante para as reduções forçadas. Esse sistema é usado em tomadas de curva em pistas de competição, quando se joga marchas para baixo com rapidez, mas auxilia também em reduções de marcha muito bruscas, que podem ocasionar travamento da roda traseira.


AJUSTE NO GARFO

A parte ciclística pouco mudou, mantendo as mesmas especificações das versões anteriores. O quadro, de tubos de aço de 35 mm de diâmetro, integra o motor como componente estrutural. O cabeçote do motor é ligado ao chassi por quatro pontos de ancoragem e é elemento de rigidez.

O garfo dianteiro manteve os 41 mm de diâmetro nas bengalas hidráulicas convencionais e curso de 12 cm. Agora oferece também o ajuste da pré-carga das molas dianteiras. O amortecedor traseiro é novo. Passa a ser de tubo único e com maior diâmetro em relação ao anterior, mantendo as cinco regulagens de pré-carga de mola, com uso de ferramenta que vem no kit na moto. O curso da balança traseira de aço, ligada ao chassi através de link que desmultiplica o movimento, é de 11,9 cm.

Os freios são a discos recortados na frente e atrás. Na dianteira, um só rotor de 320 mm de diâmetro é mordido por uma pinça de pistão duplo. Atrás, o disco de 240 mm monta cáliper de pistão único. ABS é obrigatório por lei nesta faixa de cilindrada. Aqui, o equipamento é de dois canais.



O design mudou bastante. As rodas de liga leve mantêm o desenho de seis raios em forma de Y. O tanque de combustível ficou maior e as carenagens plásticas foram redesenhadas, bem como os elementos ópticos. Segundo a fábrica, além do aspecto mais agressivo e esportivo, o novo visual destaca o motor. O modelo ganhou iluminação full LED, mais bonita e também muito eficiente à noite e também de dia, como sinalização aos demais veículos.

O painel é do tipo black out, com fundo azul bem escuro e dígitos claros no LCD. O desenho ficou ótimo, com um tacômetro digital de leitura analógica, com o cristal líquido a imitar um ponteiro, uma solução muito interessante.

O LCD inclui shift light, para indicar a troca de marchas no momento adequado. Vem programado para 8.750 rpm, mas pode ser personalizado pelo piloto, que deve escolher seu acendimento na faixa compreendida entre os 5.000 e os 8.750 giros. Também tem indicador de marcha em uso.

O guidão da nova versão é cônico, de alumínio, uma evolução muito notável, por ser um elemento de muita interação do piloto com a moto. É bem mais sofisticado.

O banco continua bipartido, formando um cockpit muito esportivo para o piloto, que pode executar a movimentação necessária à pilotagem com todo o conforto, mesmo em permanências mais prolongadas. A garupa, entretanto não é muito privilegiada, como nas motos esporte.

A irmã carenada, CBR 500R, deixa de existir na linha 2020. A CB 500F tem preço sugerido pelo fabricante de R$ 28 mil, mais frete, que varia de acordo com o Estado.



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