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Ducati Streetfighter V4 S

Atualizado: 2 de mar. de 2022

Totalmente demais - Ducati lança no Brasil a naked mais potente do mundo, com o motor V4 a 90º da superbike Panigale V4… Um canhão dócil e com a cara do Coringa, segundo seu designer!


Por: Eduardo Viotti


Ducati Streetfighter V4 S 2022
Com controle eletrônico e desempenho de arrepiar, a Streetfighter V4 S é uma fera domesticada

A Ducati radicalizou e acaba de lançar a mais radical das supernaked do mercado. Difícil pensar com quem a Streetfighter V4 S concorre... Talvez com a Triumph Rocket 3 e seu imenso tricilíndrico de 2,5 litros… Pelo menos no exagero, não há dúvida. Custando R$ 147 mil, esta versão desnuda da Panigale V4 S é direcionada ao motociclista que quer o máximo em tecnologia e conteúdo técnico, com o desempenho de uma superesportiva em uma posição de pilotagem mais ereta e confortável –em especial para longas permanências– das motos naked.

O visual é mesmo exagerado: o designer francês Jeremy Faraud diz ter se inspirado no Joker (o Coringa), personagem de HQ da DC Comics, famoso no cinema com e sem o Batman. Aqui, destaque para a balança traseira monobraço que expõe as lindas rodas forjadas Marchesini e para as aletas biplano nas laterais, capazes de gerar empuxo para baixo (downforce) de 28 kg com a moto a 270 m/h, velocidade que também não é a toda hora que se atinge…Nesse caso, o empuxo seria de 20 kg na roda da frente e de 8 kg na traseira.

Motor da Ducati Streetfighter V4 S
Motor L: potência e esportividade, mas também é dócil

O motor V4 de 1.103 cc e 16 válvulas é o mesmo da superbike Panigale S, com os 4 cilindros em V a 90º, configuração também chamada de L. Refrigerado a água, gera 208 cv a 13.000 rpm e atinge o pico de torque de 12,5 kgf.m a 9.500 giros. A potência é a maior entre as naked. O torque está disponível em 70% já a 4.000 rpm e 90% da potência chega logo aos 9.000 giros. Com a adoção de uma ponteira de escape Akrapovic de titânio vendida como acessório original pela Ducati (que também alivia o peso da moto em 5,5 kg), a potência pode se elevar até 223 cv…

De todo modo, a relação peso/potência é bastante favorável: disponibiliza 1,01 cv para cada quilo, pois ela pesa, em ordem de marcha, 205 kg e a seco, ínfimos 178 kg.

O V4 tem comando desmodrômico, que abre e fecha as válvulas mecanicamente, evitando sua flutuação. Além disso, é contrarrotante, com o virabrequim girando em sentido contrário ao das rodas. Isso compensa a inércia, diminui a tendência a empinadas nas acelerações de saída de curva e reduz a possibilidade de ocorrer o nose wheeling (levantamento da roda traseira) nas frenagens fortes.

Streetfighter V4 S no Brasil
Guidão mais largo e alto que o de uma superesportiva

O complexo –e completo– gerenciamento eletrônico é baseado em uma IMU de seis eixos, um sensor dinâmico que detecta todo movimento da moto, derrapagens, desaceleração, forças laterais, empinadas, freadas etc. Assim, até a suspensão é eletrônica, semiativa, bem como o amortecedor de direção, todos da grife sueca Öhlins. O pacote digital inclui controle de tração, Cornering ABS (de curvas), Slide Control (de desgarre lateral), Wheelie Control (anti-empinadas), Lauch Control (para largadas) e controle de freio- -motor, diminuindo ou acentuando a redução de marchas.

O câmbio de 6 velocidades tem quick-shift para cima e para baixo, reduzindo o uso da embreagem seca autoblocante, porém assistida e deslizante nas reduções bruscas.

MODOS DE PILOTAGEM

A Streetfighter tem acelerador sem cabos, eletrônico, o que permite a adoção de modos de pilotagem, três no caso: Sport, Race e Street, além de permitir o ajuste de todos os parâmetros de performance e segurança pelo piloto, de acordo com a sua tocada, pista e peso. O piloto Alexandre Nogueira, de Moto Premium, teve a felicidade de pilotá-la na pista fechada, e seus relatos revelam enorme surpresa com a delicadeza e docilidade na entrega de potência pelo V4 de comando de válvulas variável, que acentua a possibilidade de uso diário dessa peça de artilharia bolonhesa. Dócil se pilotada na casquinha, feroz sob demanda…

No trânsito urbano, os cilindros da bancada posterior, sob o banco, são desativados quando o líquido de arrefecimento atinge a temperatura de 75º C, diminuindo o aquecimento do bumbum do motociclista, sábia medida.

Os freios são os top da Brembo, com pinças quádruplas monobloco de fixação radial na frente mordendo discos de 330 mm. Atrás, pinça axial de dois pistões para um disco de 245 mm de diâmetro. Bons pneus Pirelli Diablo Rosso Corsa nas medidas 120/70 na frente e 200/60 atrás mantêm o grip com o asfalto em qualquer condição.

A iluminação é naturalmente full LED e há até requintes, como as manoplas aquecidas e painel TFT de alta resolução, conectável a celular e GPS. O painel tem contagiros digital de leitura analógica e uma nível superior de informações e de possibilidades de programação dos modos de pilotagem, que podem depois ser retornados à configuração original de fábrica para cada um deles.

A Ducati Streetfighter é inacreditável e, honestamente, mal posso esperar para testá-la pessoalmente…

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