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Manutenção de Scooter - Veja como proceder para que seu Scooter dure mais e seja mais eficiente

Atualizado: 3 de jun. de 2020

Por: Guilherme Silveira

Criados para ser veículos versáteis, os scooters são muito populares em seu berço, a Itália (graças às Vespas e Lambrettas lá criadas), e também no restante da Europa. Têm ganhado enorme espaço também em países emergentes, especialmente no Sudeste Asiático.

Projetados inicialmente para rodar em climas frios e muitas vezes com mulheres como condutoras, no Brasil os scooters, ou motonetas, são submetidos a um tipo de uso muito mais severo, e não raro são vistos trabalhando duro em serviços de entrega e mesmo em viagens longas.

Ou seja, muitos scooters compactos, projetados e construídos para o uso como commuters urbanos, em deslocamentos individuais relativamente curtos entre casa e trabalho, ou escola, no lazer ou para fugir do trânsito urbano, rodam muito, com bastante carga (ou garupa), algo que não condiz muito com sua ciclística, menos robusta em relação a uma moto utilitária ou uma pequena trail, por exemplo.

Segundo o experiente mecânico Fernando Franco, conhecido em São Paulo como o “Boi”, tais condições de uso, aliadas a um clima tropical e pouca (ou nenhuma) manutenção, tendem a causar problemas sérios –e que acabam por tornar-se caros– nos “patinetes motorizados”.

Nas palavras dele, “os scooters fazem uso de câmbio automático continuamente variável, o CVT, um sistema que prioriza o conforto de condução. Mas se for muito exigido, o conjunto vai sofrer desgastes tanto na transmissão, projetada para ser suave (e não esportiva), quanto no motor, que costuma trabalhar bem quente. Essa situação se agrava por se tratar de motores que, em geral, utilizam pouco óleo lubrificante”, completa.





Fique por dentro dos principais cuidados a serem tomados com seu scooter, zelos que são simples, porém imprescindíveis para sua confiabilidade e durabilidade também:

LUBRIFICAÇÃO CONJUNTO MOTOR E CÂMBIO

Grande parte dos scooters mais compactos utiliza pouco óleo lubrificante no motor, justamente para ocupar pouco espaço. Alguns, como o Honda Lead 110, requerem apenas

700 ml, com o sistema completo de lubrificante. Ou seja, em motores mais “cansados” não é raro haver consumo de óleo. Isso ocasiona que, muitas vezes, as motonetas acabam por rodar com pouquíssimo lubrificante.

Por conta disso, o expert Franco comenta que, independentemente do que a fábrica informa, o ideal é realizar a troca do óleo dos scooters pequenos em intervalos mais reduzidos, se possível a cada 1.000 km (ou pouco mais), acompanhada da troca do elemento filtrante, alternadamente, uma vez sim, outra não.

Sempre que for trocar ou completar o óleo, deve-se atentar para que não se ultrapasse o nível máximo, sob risco de encharcar o filtro de ar (feito de papel), o que prejudicará a admissão e deixará o rendimento do scooter mais fraco.

TRANSMISSÃO

Boa parte dos scooters faz uso de lubrificante específico para o câmbio, que deve ser trocado entre 5 mil e o máximo de 10 mil km, junto da limpeza completa do sistema.

Além de limpar a CVT, deve ser conferido o desgaste da correia e dos roletes. O cubo de patins do sistema também tem sua medida checada para ver se há necessidade de troca, assim como os da correia. Se necessária, é feita a troca desses componentes, e o filtro de espuma presente para “arejar” o CVT deve ser limpo –ou trocado.

De maneira geral, as correias da transmissão “pedem” troca a cada 20 mil km, podendo passar disso, desde que devidamente acompanhadas por checagens rotineiras.

FLUIDOS

Além da troca do filtro de ar e da “sangria” do fluido de freio, conforme manda o manual, deve-se substituir o fluido de arrefecimento anualmente. Ou a cada 15 mil km, sob pena de o motor sofrer com superaquecimento.

Como tais motores trabalham envoltos sob carenagens, é importante verificar que o fluido de arrefecimento esteja sempre no nível –e seja de boa qualidade.




SUSPENSÃO & AGREGADOS

Ao contrário do que possa inicialmente parecer, os scooters têm sistemas de suspensão robustos. Em geral, apresentam poucos problemas. Quando estão cansados, os amortecedores traseiros devem ser trocados, especialmente se estiverem “babando”, ou seja, com vazamento de seu óleo interno através dos retentores.

Em casos de encarar muito asfalto ruim pela frente, há maior chance de haver rolamentos de rodas estourados; porém isso não chega a ser algo tão comum.

O que costuma ser crônico, por conta das rodas pequenas e do curso de suspensão curto, é a formação de “calos” nas pistas da caixa de direção.

Segundo o especialista Alex Bongiovanni, da OfficineMoto, de São Paulo, “não é raro que apareçam scooters com caixas de direção danificadas em menos de um ano de uso, somente por sofrerem demasiadamente com o impacto das imperfeições do asfalto”, completa.

Normalmente, apenas a troca da caixa de direção trará a correta precisão de trajetória da motoneta. Porém, para evitar isso, o mecânico aconselha a evitar de rodar com os pneus cheios demais, especialmente na buraqueira urbana; e, claro, andar com calma em trechos esburacados.

CARENAGENS

Ocasionalmente problemáticas em modelos mais antigos, ou em alguns de origem chinesa, as fixações de carenagens de scooters nacionais como Honda, Yamaha e Dafra não costumam mostrar quebras, como tanto acontecia no passado. Tenha em mente a proposta do veículo, e procure rodar de maneira delicada e suave. Afinal, trata-se de um scooter, uma motoneta urbana, e não de uma motocicleta de uso misto. Tendo esses simples cuidados, seu scooter

será um fiel companheiro por anos.







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