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Usada CB650F

Atualizado: 29 de abr. de 2021

As Honda CB650F não apresentam problemas crônicos, dão pouca manutenção e oferecem bom desempenho!


Por: Guilherme Silveira



Apresentada no final de 2014 como uma substituta para a Honda Hornet CB 600F, a CB 650F chegou com uma dura missão. Embora atraísse pelo preço menor, decorrente de um projeto mais simples, com suspensões convencionais e sem regulagens da dianteira, além do quadro em aço, não mais em alumínio, e a potênciade “apenas” 87 cv, frente aos 102 cv da antecessora, desagradou uma porção de entusiastas da “seiscentas”. Muito embora as respostas em baixa rotação do motor de exatos 649 cm³ –e mesma arquitetura básica de quatro cilindros em linha, 16 válvulas e duplo comando– fossem mais que satisfatórias, especialmente em uma pilotagem civil.

O tempo passou, e a CB foi modernizada de acordo com o restante do mundo: passou a oferecer posição de pilotagem e design renovados em 2016, época na qual também recebeu farol em LED e leves melhorias mecânicas.

As suspensões das versões atuais, ajustáveis por completo na dianteira, agradaram o mecânico Fernando Del Franco, da Boi Motos. Especializado em competições, “Boi” fez um rápido “dossiê” sobre a Honda quatro cilindros mais acessível no mercado de seminovas.


Esportiva racional

“Embora as primeiras CB 650 F não tenham a construção refinada de uma esportiva, são motos descomplicadas quanto à manutenção. O quatro-cilindros é robusto tal qual o da Hornet, ou até mais, pela taxa de compressão (e rotação final) menor. É uma máquina que gira menos, porém responde mais rápido. A transmissão de seis marchas é destaque, com engates próximos entre si; os freios, fortes e bem modulados para seu porte”, explica Boi.

O expert atenta ao painel moderno (e que não dá “pipas” eletro-eletrônicas), e também à ampla possibilidade de acessórios estéticos e de performance. Segundo Del Franco, é possível melhorar bem a performance (em até 8 cv) adotando um escape esportivo e injeção reprogramada –via Power Commander ou similares.

“Único pênalti que me chamou atenção foram algumas unidades novas que devem ter ficado paradas algum tempo e estavam com freios e rodas ‘presas’. Bastou limpar as pinças, trocar o fluido dos freios e desapertar e lubrificar os rolamentos, para ficarem ‘soltinhas’. Eu acredito que num futuro próximo a CB 650 vai ‘bombar’ como usada, de maneira parecida à Hornet”, completa Del Franco.



Mercado e perfil

Ao contrário da agressiva 600 “hórneti”, que caiu nas graças de muitos “manos” em pouco tempo, as Honda CB 650 F revelam um perfil de usuário um tanto quanto (mais) zeloso.

Nas motos encontradas na net, em sites de grande afluxo, foi fácil ver modelos de 2015 (sem ABS), com valores (iniciais, sem “choro”) em torno de R$ 28 mil (Fipe R$ 28.685,00). E, pasmem: com quilometragens entre 15 e 25 mil rodados, em motos geralmente muito bem cuidadas.

Para modelos 2015/16 com ABS e grafismos especiais como as “Capitão América” (grafismos azul, branco e vermelho), os valores sobem entre 2 mil e 3 mil reais, chegando a pouco mais de R$ 30 mil.

Segundo o lojista Humberto Cury, o “Loro” da B & G Motos, o bom perfil desta Honda no mercado de usadas deve-se ao caráter mais racional da naked, o que leva a um público mais seleto. “Acho o ronco do escape delicioso e a moto muito bem resolvida e divertida. Reúne fatores como a típica rodagem “lisa” e ágil já em baixos giros, baixo consumo de gasolina e design fantástico. Para quem busca uma moto bacana na faixa dos 30/35 mil, a CB 650 tem custo/ benefício insuperável na sua categoria”, exalta.

O irrequieto “Loro” dispara ainda que “uma vantagem evidente no mercado de usadas da CB está na sua liquidez cada vez maior (as novas ficaram mais equipadas e, sobretudo, caras, partindo de R$ 41 mil sem frete), junto de planos de seguro mais amigáveis para as seminovas”.

Sem dúvida, um “rojão” compacto e robusto, para usar tanto em viagens como em passeios e uso urbano.

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