Por: Eduardo Viotti
A Dafra sentiu o avanço da concorrência sobre a liderança da Sym Citycom S 300. A
resposta veio na forma de uma nova versão, que vai conviver, e não substituir a bem sucedida motoneta de Taiwan. As principais mudanças do novo modelo são: o design, com uma carroceria totalmente nova, rodas renovadas, luzes em LED, mais espaço útil, menos peso e a inclusão de bons recursos, como o carregador rápido USB no porta-luvas do escudo. Além disso, o novo scooter HD terá a primazia do uso dos freios ABS. A versão S, bem conhecida e respeitada no universo dos scooters, passa a ser oferecida exclusivamente com o sistema de freios combinados, CBS.
O preço sugerido pela fábrica (em março de 2020) para o Citycom HD ABS é de R$ 21.240,00. O modelo S, com CBS, tem preço estipulado pela montadora em R$ 19.900,00 (todos os preços com o frete incluso), mas estava em oferta na época de fechamento desta edição por R$ 18.490, 00, embora algumas concessionárias o anunciassem por até R$ 17.490,00, uma bela proposta. Também, em pleno epicentro da crise da propagação do coronavírus… O novo modelo oferece dois anos de garantia.
A Sym fica na ilha de Taiwan (Formosa), que permaneceu longe do comunismo e por isso oferece produtos de maior qualidade e acabamento que a China continental
A Dafra lançou o Citycom S há dez anos, quando o segmento de scooters –o que mais cresce atualmente no país– representava apenas cerca de 1% das vendas de motocicletas. O S 300 tornou-se líder de vendas do segmento, com excepcional penetração na região da Grande São Paulo.
PRINCIPAIS MUDANÇAS
O HD não tem para-brisa, e apenas uma minúscula bolha de acrílico fumê encima o farol. A fórmula de farol na carenagem de guidão não tem feito o mesmo sucesso no Brasilque faz na Europa, assim como os scooters de assoalho plano também não emplacaram tanto por aqui, como por lá. Mas o novo design é irrefutavelmente mais moderno e mais agradável que o da versão S, que já mostra o sinal dos anos.
Toda a base mecânica, ciclística e eletrônica é a mesma da versão S, inclusive não há qualquer alteração de motor, quadro, suspensões e freios. O motor é o mesmo monocilindro robusto de 278,3 centímetros cúbicos de deslocamento, refrigerado a água, capaz de render 27,6 cv a 7.000 rpm, com torque máximo de 2,6 kgf.m a 6.000 giros. Tem se revelado bastante robusto nas inúmeras unidades do S vendidas, algumas já com quilometragem bastante avançada.
Entretanto, como o scooter perdeu peso –é 13 quilos mais leve que a versão anterior–, a relação peso x potência melhorou consideravelmente, em 6,8%. O consumo deve acompanhar esse ganho. Como o avaliamos apenas em pista fechada, não tivemos a possibilidade de aferir seu consumo, que deve manter-se ao redor de 25 km por litro, em média, osciliando entre 20 km/l e 30 km/l, nessa faixa.
As novidades incluem o carregador rápido USB, luzes em LED (exceto os piscas), abertura do compartimento que contém o bocal de abastecimento (agora oculto por capa plástica) pela chave de ignição.
O reposicionamento da bateria permitiu um ganho de espaço sob o banco de 27%, passando de uma capacidade de 30 litros na versão S para os 38 litros de volume útil na versão HD. Abriga um capacete fechado e uma mochila.
Freios a disco nas duas rodas –com pinça dupla na frente e um ABS bem moderno– continuam a oferecer frenagens em distâncias seguras, respaldados pelos excelentes pneus Metzeler, superiores aos da concorrência.
As rodas mudaram bastante, tornando-se bem mais elegantes, agora com 5 raios curvos em Y, que sugerem movimento. Um friso vermelho ao longo do aro dá um toque de esportividade ao modelo. Finalmente, o gancho para sacolas no escudo agora é escamoteável e o Citycom HD 300 incorpora um bagageiro de alumínio com amplas alças para garupa ou amarração, pronto para receber um top case, aumentando ainda mais a capacidade de carga.
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