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HONDA GL 1800 GOLD WING TOUR

Grã-turismo - A Honda GL 1800 Gold Wing Tour é o céu em termos de motocicletas para longos cruzeiros.


A Honda GL Gold Wing foi lançada em 1974 como uma estradeira de longo curso, mas hoje seria uma naked, sem nenhuma carenagem. Tinha motor 1.000 de 4 cilindros flat, opostos dois a dois. Essa versão das “asas douradas” chegou ao Brasil em 1975. A GL 1000 foi produzida até 1979. Em 1980 tornou-se GL 1100 e, em 1984, GL 1200, ainda com quatro cilindros. Em 1988 foi lançada a Gold Wing GL 1500 com motor boxer de seis cilindros e 1.520 cc de cilindrada. Em 2001 surgiu a GL 1800 com o motor de 1.823 cc, injeção eletrônica e chassi de alumínio. No ano passado chegou ao Brasil a nova geração da Gold Wing, totalmente renovada, menor, mais leve e mais potente. Foram registradas noventa patentes à Honda para o desenvolvimento desta nova família. O objetivo do engenheiro Yutaka Nakanishi, líder do projeto, foi construir uma motocicleta de luxo com toda a tecnologia de ponta da atualidade –mas possível de ser utilizada no dia-a-dia.

A Honda Gold Wing está 37 kg mais leve na versão Tour completa com os três baús, aqui avaliada.

O novo motor rende 10 cv a mais de potência, entregues pelo câmbio de sete velocidades de dupla embreagem DCT. A transmissão final é por eixo cardã, livre de trancos, ruídos e com intervalos de manutenção bem longos.

A maior revolução é a nova suspensão dianteira de inspiração automobilística, com sistema de duplo A, ou double wishbone (wishbone é o ossinho da sorte do frango, aquele fininho, em formato de V). A nova suspensão frontal tem amortecedor único em lugar do garfo telescópico.

O sistema se vale de duas bandejas, uma superior e uma inferior, com um monoamortecedor central, proporcionando maior leveza no guidão e maior espaço para a instalação de acessórios eletrônicos.

Tudo está escondido em uma nova roupagem, mais estreita e aerodinâmica, que comporta a mais recente tecnologia de iluminação em LED na dianteira e na traseira, o que fortalece a identidade desta legítima tourer.

A primeira impressão que uma moto tão gigante passa é a de que vai ser difícil de pilotar. Qual nada, logo essa sensação dá lugar a uma reação de surpresa pela leveza e agilidade, até mesmo na cidade. Bom, lógico que não dá para serpentear entre os carros parados, mas dá para usá-la no dia a dia com tranquilidade total.

A nova suspensão proporciona melhor qualidade de condução, bem como maior controle e precisão nas curvas, atuando efetivamente de forma separada da direção e da frenagem, e

transmitindo muita segurança ao atacar curvas em quaisquer situações, sejam de baixa ou alta velocidade.

A nova geometria do chassi de alumínio de dupla trave foi pensada exatamente para atuar com a nova suspensão dianteira e por isso, a nova Gold Wing é mais ágil e tem maior estabilidade em todas as condições. A suspensão traseira também foi reprojetada e agora utiliza um monobraço Pro-Arm conectado ao sistema Pro-Link, favorecendo não só a performance, com uma atuação mais progressiva que fornece maior estabilidade e conforto, mas também facilita a manutenção e melhora o design. A suspensão tem quatro opções de ajustes: só piloto; piloto e bagagem; piloto e garupa; piloto, garupa e bagagem, tudo por meio de comandos eletrônicos no punho esquerdo.

O novo motor de seis cilindros (sempre contrapostos tipo boxer) adota novos cabeçotes Unicam com um único comando para acionar as quatro válvulas de cada cilindro. Com 1.833 cc de cilindrada, rende 126 cv frente aos 118 cv da geração anterior, e disponibiliza um torque máximo de 17,34 kgf.m ante os 17 kgf.m de antes. Também está 6,2 kg mais leve e 33,5 mm mais curto.



A Gold Wing Tour traz câmbio de dupla embreagem DCT de sete velocidades, que pode ser usado plenamente no modo automático ou pode ter as marchas selecionadas atráves dos botões do punho esquerdo do guidão. O DCT oferece o Walking Mode, que movimenta a motocicleta bem devagarzinho: para frente a 1,8 km/h e para trás a 1,2 km/h, para auxiliar nas manobras de estacionamento.

Um acelerador eletrônico disponibiliza quatro modos de pilotagem: Tour, Rain, Sport e Econ, alterando não só as respostas ao acelerador, mas também as suspensões.

A posição de pilotagem é excelente. O guidão está mais próximo ao piloto do que o da geração anterior e o cockpit passa a impressão de maior espaço para o piloto.

O sistema de freios é combinado, com ABS de última geração distribuindo a força de frenagem nas duas rodas, também de acordo com o modo de pilotagem escolhido. Na dianteira, discos de 320 mm fazem parceria com pinças de seis pistões contrapostos e na traseira um único disco é mordido por uma pinça deslizante de três pistões.



A Honda Gold Wing utiliza rodas de liga leve, sendo a dianteira de 18 polegadas, calçada com pneu 130/70 e a traseira de 16 polegadas, com pneu 200/55, garantindo segurança mesmo quando as inclinações chegam no limite.

No cockpit, se destaca o painel com dois mostradores analógicos e a tela TFT colorida de 7 polegadas com Apple Car Play e sistemas de áudio, navegação, controle de tração, dos modos de pilotagem, regulagens de suspensão e piloto automático. Há também porta USB e conexão Bluetooth para agregar periféricos eletrônicos. O para-brisa tem acionamento elétrico através de botão no punho esquerdo e protege bem. Tudo tem seu preço. A Gold Wing Tour custa R$ 162.812,00, mais o frete até seu Estado.



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