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Olivier Anquier - Delicioso sabor da liberdade

Por: Ricardo Couto

Delicioso sabor da liberdade - O apresentador e restaurateur Olivier Anquier também é um aventureiro de primeira hora e usa a moto em suas viagens para a TV


Ex-modelo internacional, chef boulanger, cuisinier e restaurateur, o francês Olivier Anquier sempre viveu cercado pelo glamour e pela gastronomia –fazer pães especiais é tradição que vem de seu tio-avô e foi seguida pela família. Apesar de tantos títulos e ser bastante atarefado, ele se considera um “bon vivant”, que sabe aproveitar a vida e que faz de seu trabalho um prazer.

Acumulando atualmente as funções de dono de restaurante, chef de cozinha e apresentador de programas de culinária na TV, Olivier tem outro hábito pouco comum: o de desenvolver seus próprios projetos.

Por trás de toda essa fama de mestre-cuca francês, se esconde uma pessoa simples e afável. Em seu bistrô L’Entrecôte, no Jardim Europa, em São Paulo, onde está presente quase todos os dias, faz questão de receber seus clientes na porta e de atender os pedidos, principalmente das mulheres, que o requisitam a todo o tempo para posar a seu lado nas fotografias.

Entre saudações, abraços e fotos de recordação –rotina de celebridade–, Olivier recebeu a reportagem da MotoPremium para falar de uma de suas paixões, ao lado da culinária: as aventuras sobre duas rodas. Viajar de moto está no seu sangue, uma vida que leva há muitos anos. Lá, no seu badalado bistrô, ele contou a sua saga pelo Brasil e exterior.

Conhecido no Brasil, entre outras coisas, por seus pães artesanais e o famoso programa Diário do Olivier, ele abandonou o antigo Fusquinha verde de programas anteriores e passou a usar as suas próprias motos em busca de pratos e receitas típicas em outros países. Essas aventuras já renderam vários seriados, além de receitas, livros e temas que estão em seu site pessoal (www.olivieranquier.com.br).

Atualmente, Olivier tem quatro motos na garagem: uma KTM 990 R, com a qual viajou recentemente pela América do Sul, e uma Ducati Multistrada 1.200, que ficam em São Paulo. Também tem uma Harley-Davidson Sportster comemorativa do centenário da marca e outra Ducati Multistrada 1.200, que ficam em sua casa em Paris.



Em 2013, ele produziu uma série especial para TV na Europa, em que rodou por vários países de moto, percorrendo Portugal, Espanha, Itália, França, Turquia, Moçambique, África do Sul e China, em busca de pratos e receitas. Na Europa foram oito episódios. “Alguns dos programas, na França, fiz com minha filha, viajando com minha Harley-Davidson.”

Ele conta que sua paixão pelas motos começou aos 12 anos de idade, pilotando uma Velosolex e uma Mobilette, de 50 cc de cilindrada. A primeira moto de verdade de sua vida, como costuma falar, foi uma Honda Motosport 250, que pegou emprestada do pai assim que saiu da casa da família. “Roubei por um tempo, mas devolvi”, explica.

Depois disso, teve várias outras motos. Foram tantas que diz que nem lembra direito os modelos. A que mais lhe marcou a juventude foi uma Yamaha TY 250 de trial, a primeira moto de sua inteira propriedade. De lá para cá, Olivier Anquier não abandonou mais as duas rodas.


A KTM 990 foi a moto que escolheu para viajar e gravar a série especial sobre a América Latina, que entrou no ar no início de março, no programa Diário do Olivier, veiculado todas mas quintas-feiras, às 20h30, no canal a cabo GNT. Para produzir a série, ele viajou durante dois meses por estradas e trilhas de três países, em duas etapas de um mês, e percorreu mais de 30 mil quilômetros.

O roteiro foi inspirador. Ele saiu de seu apartamento próximo à Praça da República, no centro de São Paulo, e foi até Rio Branco, no Acre. De lá, seguiu até Cuzco e Machu Picchu. Depois de visitar cidades próximas, passou pelo lago Titicaca (divisa entre Peru e Bolívia), Chile e seguiu até Ushuaia, na Patagônia, Argentina, onde a moto foi embarcada numa carreta para São Paulo. “Essa viagem foi encarada como uma verdadeira expedição. Gravamos vários capítulos em cada país. No total, foram 13 episódios, que foram para o ar a cada semana.”

Além de curtir a paisagem e conhecer a comida regional desses países, Olivier também teve de enfrentar imprevistos durante o trajeto. “Tomei um tombo no Peru com a minha KTM quando pilotava a 110 km/h. O pneu saiu totalmente do aro. Ele furou quando fazia uma trilha sobre cascalho, murchou um pouco, nem percebi. Quando entrei no asfalto, fui direto para o chão”, conta.

Motociclista experiente e com longos anos de estrada, ele dá algumas dicas para os novatos que pensam em se aventurar por aí. “É preciso saber pilotar muito bem a moto, além de ter noção de mecânica para fazer pequenos reparos e saber trocar um pneu, para não ficar pelo caminho, no meio do nada.” Viajante por vocação, Olivier revela que tem planos mais ousados e voos mais altos para alçar nos próximos anos. Além de satisfazer um desejo pessoal, esses projetos também deverão servir de base para futuras séries de seu programa. Em 2015, ele planeja cruzar os Estados Unidos com sua KTM e, em 2016, pretende sair do Alasca, cruzar o estreito de Bering e chegar até a Rússia.

Além de ser o seu veículo preferido no dia a dia, Olivier explica que com sua moto ele pode chegar a qualquer lugar do mundo, em busca de pratos, comidas exóticas. Como verdadeiro motociclista, para ele, além de um bom instrumento de trabalho, a moto “é liberdade".



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