Alto astral - Veja como anda o novo modelo da Royal Enfield, que chega com preços a partir de R$ 18 mil
Por: Eduardo Viotti
A Royal Enfield apresentou ao mercado brasileiro no dia 6 de julho o novo modelo de entrada à marca anglo-indiana, conforme Moto Premium antecipou no final do ano passado. A naked monocilíndrica Meteor 350 veio com conectividade Bluetooth, acabamento muito superior ao da moto que substituiu, a Classic 500, e preços extremamente atraentes.
Ela chega em três versões de mesma mecânica e ciclística, com diferentes níveis de acessórios. A básica é a Fireball, de R$ 17.990,00; seguida pela Stellar, que ganha pintura metálica, para-lamas na cor da moto, logotipo metálico em relevo no tanque e encosto para o garupa (sissy-bar), de R$ 18.490,00. A topo de gama, Supernova, inclui para-brisa elevado, de acrílico grosso e bem firme, pintura em dois tons (saia-e-blusa) separados por uma pin-stripe delicada, além do sissy-bar e do logo no tanque. Custa R$ 18.990,00. O frete é pré-definido pela montadora indiana: custa R$ 1.000,00 para qualquer uma das 16 concessionárias existentes (o diretor da subsidiária brasileira, Cláudio Giusti, assevera que serão 20 até o final do ano).
A motocicleta não tem nada em comum com a descontinuada e tradicional família Bullet/Classic 500. O motor é novo e, ao contrário do vetusto meio-litro com acionamento de válvulas através de varetas da família descontinuada, atende perfeitamente às rigorosas normas antipoluição da Europa (Euro 5) e do Brasil (Promot 4/5). Tem melhor eficiência térmica e rendimento.
Nós a pilotamos por cerca de 200 km em deliciosas estradinhas secundárias da região serrana de São Paulo, entre São José dos Campos, São Bento do Sapucaí e Gonçalves, já no Estado de Minas Gerais.
A impressão é muito satisfatória. O modelo privilegia o conforto, e acerta. Muito macia, tem banco largo e ergonomia muito ajustada. Tem excelente estabilidade e proporciona muita segurança, com bons freios ByBre (a Brembo indiana) e pneus de qualidade (a Ceat é subsidiária da Pirelli na Índia).
O torque, de 2,75 kgf.m é bastante prestativo, apresentando-se à disposição a qualquer momento. Já a potência em alta é um pouco baixa para o porte e peso da moto (191 kg em ordem de marcha) e, embora o motor suba de giros com vivacidade, a velocidade máxima não é das maiores, atingindo em reta plana cerca de 120 km/h.
Privilegiando a dirigibilidade em baixas e médias rotações, o motor é muito fácil de tocar, responsivo e agradável, além de econômico. Nas médias de consumo obtidas por quem as pilotou mais longamente, ela percorreu entre 28 e 33 km com um litro de gasolina, marca mais que desejáveis para uma 350.
Trazendo para o segmento inovações como a conectividade Bluetooth com o celular para o display de navegação; para-brisa elevado (na versão Supernova), a Meteor 350 pode surpreender.
Ela herda o nome de uma icônica motocicleta Royal Enfield dos anos 1950. Lançada no final de 1952, a ancestral Meteor construiu em sua época reputação de desempenho superior e robustez que a atual promete honrar.
A recém-lançada Meteor 350 carrega o estilo típico da Royal Enfield, com uma pegada custom (que os americanos chamam de cruiser) e retrô (como o farol redondo e os paralamas), mas com tecnologia moderna e eletrônica embarcada. Seu objetivo é reeditar a fama que a Meteor original adquiriu, entregando qualidade, performance civilizada e confiabilidade ao longo do tempo.
A Meteor foi projetada e desenvolvida pelo mesmo tarimbado time de designers e engenheiros que projetaram a exitosa linha de bicilíndricas 650 cc da marca (Interceptor e Continental GT), sediados nos dois centros técnicos avançados da Royal Enfield, em Chennai, no Estado indiano de Tamil Nadu, e Bruntingthorpe, na Inglaterra.
A Meteor 350 é uma motocicleta de estilo próprio e muita personalidade, que se diferencia das demais médias monocilíndricas do mercado e deve representar um salto para a evolução da marca no mercado brasileiro. Ela estará disponível em três versões –Fireball, Stellar e Supernova. Os nomes das versões aludem a corpos celestes, tal como o meteoro do modelo. A Meteor 350 será oferecida em sete cores diferentes nessas três versões de equipamento e acabamento, sempre com a mesma ciclística e motorização.
MOTOR NOVO
O motor é um monocilíndrico SOHC –comando único de válvulas no cabeçote– refrigerado a ar, com 349 cc. Gera 20,5 cv de potência máxima a úteis 6.100 rpm, e 2,75 kgf.m de torque a 4.000 rpm. Esses números não denotam proposta de esportividade, mas privilegiam a entrega de força em médias e baixas rotações, característica de pilotagem das cruisers/custons. O virabrequim é dotado de balanceador, para reduzir vibrações e proporcionar um funcionamento equilibrado e confortável, mesmo em longas permanências.
Segundo a fábrica, a Meteor 350 atinge a velocidade máxima real de 114 km/h e percorre 35,8 km com um litro, o que é um consumo excepcional para a cilindrada. Com o tanque de 15 litros de gasolina, promete autonomia na estrada acima de 400 km. Essas medições devem ser confirmadas na prática em nossa avaliação completa, a ser publicada tão brevemente quanto possível em Moto Premium.
O quadro em monotrave superior com berço duplo da Meteor 350 transpira robustez. Foi projetado para inspirar confiança e mostrar resistência em qualquer condição de utilização. O sub-quadro traseiro, parafusado, é bastante reforçado e incorpora as pedaleiras do garupa. A motocicleta pesa, em ordem de marcha, 191 kg, o que mostra uma construção toda em aço, dimensionada para maior robustez.
A pouca altura do assento, a apenas 76,5 cm do solo, e o centro de gravidade rebaixado proporcionam facilidade de pilotagem para qualquer biotipo de motociclista, além de surpreendente estabilidade em curvas e volteios.
As suspensões são compostas por um garfo dianteiro com bengalas de 41 mm de diâmetro e 130 mm de curso; e dois amortecedores hidráulicos de tubo duplo com pré-carga da mola ajustável em seis posições na traseira.
As pedaleiras do piloto são ligeiramente avançadas, como pede o estilo, proporcionando pilotagem agradável na estrada. A alavanca do câmbio de 5 velocidades pode ser acionada com o calcanhar para a progressão de marchas.
Todas as versões são equipadas com as mesmas rodas de liga leve de dez raios finos. Pneus sem câmara são de série, o que resulta em maior segurança. Na frente, o aro de 19 polegadas ajuda na superação de obstáculos e sobre pisos ruins. O pneu dianteiro é 100/90-19 e o traseiro, 140/70-17. São da indiana Ceat, modelos Zoom Plus, e oferecem bom compromisso entre aderência e durabilidade.
A frenagem é firme, com disco dianteiro de 300 mm acionado por pinça de dois pistões, e traseiro de 270 mm com pinça de pistão solo, além de ABS de dois canais.
O acabamento é bem cuidado. O painel combina velocímetro de ponteiro com um LCD ao centro, que inclui relógio e marcha em uso. O sistema de navegação funciona conectado via Bluetooth ao celular e fica em um mostrador digital menor, ao lado do instrumento principal. Um belo diferencial!
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