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Royal Enfield Himalayan 410 2021

Atualizado: 29 de abr. de 2021

Trail raiz - Muito econômica, com bom desempenho na estrada e em incursões por trechos –mesmo que longos e difíceis– de terra, a Himalayan 2021 está mais alegre e atraente. E, claro, ainda mais preparada para a aventura!


Por: Gabriel Marazzi



Há alguns poucos anos, às vezes cruzávamos pelas ruas com uma motocicleta que parecia vinda dos anos 30, só que cara de nova. “Restaurada”, pensávamos. Mas aí víamos outra, e mais uma ou duas. Era a Royal Enfield, marca centenária de motocicletas que estava “testando” nosso mercado por meio de um importador independente. Deu certo.

O passo seguinte foi instalar a marca no Brasil, como uma subsidiária da matriz, e conquistar os nossos motociclistas. Conquistou. Tanto os saudosistas quanto aqueles que buscavam uma motocicleta diferente da maioria.




Depois de tornar a marca conhecida por aqui, com um modelo clássico ao extremo, chegou a vez de oferecer uma motocicleta totalmente nova, de cara e de concepção. Aí chegou, há cerca de dois anos, a Royal Enfield Himalayan, uma trail moderna com aparência nem tanto. Mas bastante versátil e eficiente.

Quando se esperava uma trail baseada nos modelos já conhecidos da marca indiana, com aquele motor de batida compassada, conhecemos uma nova motocicleta.

Mesmo com um motor moderno, assim como o restante de seus componentes mecânicos, a Royal Enfield Himalayan mantém a aparência das bigtrails dos anos 80, com farol redondo e linhas simplificadas do tanque e demais componentes estéticos. Isso é parte de seu charme.

Com quase dois anos de mercado, a versão 2021 da Himalayan certamente melhoraria em alguns pontos, aqueles que são sempre citados pelos próprios usuários do modelo, mas seus proprietários pediram apenas para trocar o descanso lateral por um mais curto, que permitisse estacionar a motocicleta com mais segurança. Só isso?

A Himalayan 2021, assim, ganhou novo descanso lateral, sistema ABS desligável no freio traseiro e novas cores. Precisava mais? Está bem, mais uma coisinha: uma luz intermitente de emergência, então. O famoso pisca-alerta. O cavalete central já existia e é de série.

O quadro tubular de aço de duplo berço da Royal Enfield Himalayan é compacto e robusto. O motor é monocilíndrico OHC de duas válvulas, com exatos 411 cm3 de cilindrada, seguindo o conceito subquadrado, ou seja, curso do pistão bem maior do que o seu diâmetro, um recurso de projeto que visa fornecer maior quantidade de torque em menores rotações.



Com menor cilindrada do que as clássicas da marca e com um muito bem vindo sistema de contra-rotação interno, que visa anular as vibrações indesejadas e características de um monocilindro, o resultado é bem o esperado, um motor suave, que entrega toque e potência de forma progressiva e, o melhor, sem vibrações.

Apesar de não muito forte, com potência de 24,5 cv e torque de 3,3 kgfm, o motor da Himalayan é suficiente para viagens longas e tranquilas, realmente tornando a motocicleta uma mini-aventureira.

O câmbio tem cinco marchas e a relação final um tanto longa, o que obriga a manter marchas baixas em trechos sinuosos ou de fora de estrada. Em compensação, em velocidade de cruzeiro o motor mantém um nível de ruído bastante baixo, favorecendo, inclusive, a economia de combustível. Ideal para viagens por estradas bem asfaltadas.

Os pneus de uso misto são adequados para o compromisso entre terra e asfalto. Na dianteira, a roda tem aro 21, facilitando a vida de quem pretende fazer trilhas, mas deixando a frente um pouco mais relutante em curvas fechadas de asfalto. Na traseira, a roda tem aro de 17 polegadas.

Os freios, dianteiro e traseiro a disco da marca ByBre, uma subsidiária da renomada Brembo italiana, não empolgam, em especial o dianteiro, que carece de uma pegada mais firme. As suspensões, de garfo convencional na dianteira (200 mm de curso) e monochoque com link na traseira (180 mm de curso), são suaves e progressivas.

Na estrada, a Royal Enfield Himalayan é confortável e sua boa ergonomia permite viagens tranquilas. Fora dela, mesmo em trilhas, a leveza e a agilidade da motocicleta, mais o torque disponível em baixas rotações do motor, favorecem vencer os obstáculos mais comuns existentes nessetipo de caminho com bastante facilidade.


PREPARAÇÃO PARA ACESSÓRIOS

No uso urbano, a Himalayan também se dá muito bem, por ser relativamente leve e ágil. Dotada de um protetor tubular para o tanque, de gosto duvidoso mas de eficácia comprovada, ela tem alguns suportes que permitem fixar equipamentos, como faróis auxiliares ou tanques-reserva. Nas laterais traseiras, mais suportes perfurados mostram que a motocicleta poderá receber vários equipamentos extra, como as malas de alumínio originais da marca.


O painel de instrumentos da Himalayan é uma joia no campo de visão do piloto. O velocímetro, que marca até 160 km/h e também 100 milhas por hora, é analógico e muito bonito, para quem ainda curte o visual tradicional. Em sua parte inferior há um pequeno display digital, de cristal líquido, com odômetros parciais, relógio de horas, temperatura ambiente e indicação da marcha engatada. Esse painel talvez seja o que a Himalayan tem de mais moderno, visualmente falando.

O conta-giros, marcando até 9.000 rpm e com faixa vermelha iniciando nas 6.500 rpm, também é analógico, mas de menor diâmetro. Abaixo, o marcador de combustível digital e, ao seu lado, uma muito útil bússola digital que, se não te indica o caminho como um navegador com GPS, pelo menos te mostra para onde você está indo.

O tanque de combustível tem capacidade para 15 litros, o que, de acordo com o fabricante, permite uma autonomia de até 450 km, e o peso da motocicleta é de 185 kg (seco).

As novas cores são o que mais se destacam na Himalayan 2021. O branco e o preto, que dão um aspecto neutro para a motocicleta, continuam, mas as cores vermelha e azul proporcionam um visual mais alegre e jovial ao modelo. Alguns consideram, no entanto, que a Himalayan cinza, também uma nova cor, é a mais bonita.

O acréscimo de preço da nova Royal Enfield Himalayan em relação à versão anterior é de apenas R$ 400 (a 2020 custa R$ 18.990, o mesmo valor desde o lançamento, dois anos atrás) e a 2021 custa R$ 19.390).



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